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A listeriose pode ser classificada como uma doença de grande perigo a saúde pública. 
No Brasil existem poucos relatos e não existe um limite específico estipulado para L. monocytogenes. 

Deve se ressaltar a postura do consumidor moderno, o qual tem que ir atrás de conhecimentos sobre os riscos que um alimento mal manipulado pode causar a saúde do homem, lembrando sempre que 70% das toxinfecções alimentares são de origem residenciais.  É preciso ressaltar a importância de se realizar a inspeção sanitária nos locais de fabricação, distribuição e comércio dos alimentos suspeitos para verificação das condições higiênico-sanitárias, HACCP, BPF, para que as chances de ocorrer surtos não só como as listerioses mas como qualquer doença transmitida por alimentos sejam reduzidas.

Listeria monocytogenes é causa incomum, mas potencialmente séria, de infecção alimentar, com um percentual muito elevado de casos fatais (cerca de 30%). 

O maior número de mortes está relacionado com fetos neonatos, gestantes e imunocomprometidos, que constituem grupos de risco. (TRABULSI, 1999) Indivíduos saudáveis, fora da gestação e que não são imunossuprimidos são altamente resistentes à infecção por L. monocytogenes, e existem poucas evidências de que tais indivíduos tenham contraído listeriose clínica. 
No entanto, as condições que seguem são conhecidas por predispor à listeriose adulta e por propiciar alta taxa de mortalidade: neoplasia, AIDS, alcoolismo, diabetes (tipo 1 em particular), doenças cardiovasculares, transplantes renais e terapia com corticóides. 

Quando adultos susceptíveis contraem a doença, meningite e septicemia são os sintomas mais comuns. (JAY, 2005) Na fase entérica, a sintomatologia é semelhante a da gripe, acompanhada de diarréia e febre moderada. 

No entanto, em alguns casos estes sintomas são inaparentes. Pode ocorrer também o desenvolvimento de um estado de portador de duração indefinida. (FRANCO & LANDGRAF, 1996) Mulheres grávidas que contraem a doença (sendo os fetos, com freqüência, infectados de forma congênita) podem não apresentar sintomas, mas, quando eles aparecem, são brandos e se assemelham a gripe. 

Abortos, nascimento prematuro ou com o feto morto são conseqüências freqüentes da listeriose em mulheres grávidas. 
Quando um recém-nascido é infectado na hora do parto, os sintomas da listeriose são os da meningite e começam 1 a 4 semanas após o nascimento, embora já tenham aparecido no quarto dia após o parto. 

O tempo de incubação usual em adultos vai de uma a várias semanas. (JAY, 2005) Nos casos de comprometimento do SNC, a manifestação dá – se através do aparecimento de meningite, encefalite e de abscessos. A meningite é a manifestação mais comum, ocorrendo principalmente em recém nascidos e 31 idosos. Seu desenvolvimento clínico é fulminante, com índice de mortalidade de, aproximadamente, 70%.(FRANCO & LANDGRAF,1996) Foi relatado que os sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarréia podem preceder as formas mais graves de listeriose ou podem ser os únicos sintomas expressos. 

Os sintomas gastrointestinais foram epidemiologicamente associados com o uso de antiácidos ou cimetidina. O tempo de latência para as formas graves de listeriose é desconhecida, mas pode variar de poucos dias a três semanas. O tempo de aparecimento de sintomas gastrointestinais é desconhecida, mas provavelmente é maior do que 12 horas.(FDA, 2009)

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